quinta-feira, 19 de dezembro de 2013




Modelos de comunicação cientifica e Divulgação cientifica

A ciência possui uma estrutura em ciclo, um ciclo científico composto de cinco elementos, que são eles: Ciência, Comunicação, Legitimação, Divulgação, Impactos.
Os modelos são representações simplificadas e inteligíveis do mundo que permitem vislumbrar características essenciais de um domínio ou campo de estudo. Possuem características de mapeamento, de redução e de pragmatismo. Podem ser de quatro tipos:
Difusionista -  Faz parte intrínseca a própria ciência e é publica. É um instrumento de contribuição pessoal e também a materialização das discussões informais para a formalização, e esta próximo ao modelo epistêmico de Goffman.
Paradigmático - A formalização de informação científica é uma visão de mundo de uma comunidade. Ocorre um processo continuo de cognitivo de recriação de teorias a partir de refutações por modelos melhores.
Dialético - Forma um ciência crítica, evitando a ser um mero instrumento de manipulação pela Linguagem.
Cultural - A comunicação não há definições claras para os cientistas seguirem.
Existe um ponto importante de ser citado que é a diferença entre comunicação e divulgação. A primeira se relaciona a especialistas, e é caracterizada por códigos particulares e manipulados por profissionais. A segunda se relaciona a leigos, e ocorre uma transposição de linguagem, para ser compreendido de forma mais eficiente, com uma linguagem mais simples.


Imagem 01: Divulgação  cientifica - http://resenha-on.blogspot.com.br




A pesquisa da Divulgação cientifica tem alguns impactos como o fato de o social ser visto como filtro e amplificador de informações em relação aos grupos. Além de estar envolvida com reestruturação de grupos sociais, com campanhas de conscientização.
As revistas e as literaturas relacionadas a divulgação cientifica é voltada para um grupo social tecnocrata, e as pessoas que mais fazem essa divulgação são cientistas, embora sejam contraditórios nos objetivos pedagógicos da divulgação cientifica. É possível observar espaços que fazem essa divulgação em espaços não formais como por exemplo museus, parques, entre outros. Existem ainda outras formas de divulgar assuntos relacionados com o meio
cientifico, como a escola, internet, centros de ciência e jornalismo. Portanto alguns pontos importantes podem ser ressaltados, como a DC é mais voltada para cientistas, e os professores são vistos como coadjuvantes. Um outro ponto é o tipo de linguagem de como essa divulgação é feita, que é uma linguagem técnica, dificultando o entendimento de alguns grupos de pessoas. Essa linguagem pode passar por um processo de transposição de linguagem para que outras pessoas que não são cientistas ou professores tenham um acesso e entendimento mais adequado.

Teoria da aprendizagem significativa - TAS



A teoria de aprendizagem significativa tem um nome que já diz o seu enfoque de forma bem clara, se refere a teoria de aprendizagem com significado, ou seja, é aquela que procura uma forma de fixar a aprendizagem com base em um conhecimento prévio, chamado de subsunçor, que se relacione com o a estrutura cognitiva do aprendiz, e que possa ter uma interação com o novo conhecimento adquirido. Simplificando, a aprendizagem significativa é a interação entre novos conhecimentos e conhecimentos prévios. Esses conhecimentos prévios podem ser representacionais, que são relacionados com imagens ou sentido físico; idéia que são imaginações, o abstrato em si; o conceito que é a definição do objeto de aprendizagem; e a proposição, que é a relação dos conceitos.Esses conhecimentos prévios servem como base, uma âncora para os novos conhecimentos. Desta forma a aprendizagem significativa pode ser representacional, conceitual e proposicional.
Em contrapartida existe outro tipo de aprendizagem chamado de aprendizagem mecânica, que é o oposto a aprendizagem significativa, uma vez que a mecânica como já diz o nome, ocorre de uma forma mais mecanizada, ocorre de forma literal, arbitrária e sem significado que é o oposto da proposta significativa. A aprendizagem mecânica é necessária para a formação de conceitos, depois ocorre a assimilação de conceitos que é onde se entra a aprendizagem significativa.
No caso de não haver um subsunçor para iniciar a interação com o novo conhecimento, existe a opção dos organizadores prévios ou avançados, que aconselha que o organizador prévio deva possuir uma fundamentação lógica: possuem – se idéias relevantes, estabelecidas e disponíveis na estrutura cognitiva para logicamente novas idéias possam ser significativas sejam formadas, e assim realmente significativas e estáveis. Ou as idéias mais gerais e inclusivas como idéias ancoradas alteradas adequadamente pode oferecer maior estabilidade se realmente disponível na estrutura cognitiva. Ou ainda o fato de um organizador tentar identificar um conteúdo relevante e indicar de modo explicito a relevância do novo material de aprendizagem. Um exemplo é o uso de de mapa conceitual, apresentado antes da aula expositiva.
No caso de ainda não haver uma idéia prévia clara, pode ainda utilizar-se de outros artifícios de aprendizagem, como um pseudo-organizador prévio para fazer uma ponte entre a interação dessas idéias, um exemplo disso é a analogia, onde é feita a comparação entre uma idéia e outra, detalhando semelhanças e diferenças, e depois que é consolidado o constructo, a idéia do análogo é abandonada, fixando assim a aprendizagem.



Imagem 01: David Ausubel - http://www.biografiasyvidas.com/biografia



Construção de uma analogia para o ensino de biologia

1. Definição da área de conhecimento: Biologia
2. Definição do assunto: Tipagem sanguínea e doação
3. Definição do público: Alunos do terceiro ano do ensino médio
4. Escolha adequada do veículo com o perfil do aluno: Relacionamentos sociais
5. Descrição da analogia: Escrever no quadro os tipos sanguíneos abaixo








A analogia do ABO consiste no tipo sanguíneo “O” representando a classe pobre, os tipos “A” e “B” representando a classe média e o tipo “AB” representando a classe rica. Onde no esquema o “O” representa uma menina pobre e sai com menino pobre também representado pelo “O”, menino de classe média “A” e “B” e menino rico “AB”, ou seja, a menina pobre sai com todo mundo.
A menina de classe média representado pelo “A” e “B”, só saem com meninos da mesma classe, ou ricos “AB”, ou seja, meninas de classe média não saem com meninos pobres, só com meninos da mesma classe delas ou mais ricos.
A menina rica “AB”, só sai com meninos ricos “AB”, ou seja, meninas ricas não saem com meninos mais pobres que ela, só saem com meninos da mesma classe.
No esquema do Rh, a ideia é a mesma, o Rh – representa a classe pobre e o Rh + representa a classe rica.
6. Explicação de semelhanças e diferenças
Semelhanças: Na analogia, quem tem classe social compatível se relaciona, e quem não tem não se relaciona.
Diferenças: A compatibilidade social se refere a presença ou ausência de glicoproteínas na superfície das hemácias e não a riqueza monetária. No caso da classe pobre, ocorre a ausência de glicoproteínas e Rh, na classe media, eles tem apenas um tipo de glicoproteínas, e no caso da classe rica eles tem dois tipos de glicoproteínas e possuem o fator Rh.
7. Reflexão com o conteúdo: O conteúdo visa esclarecer o que faz tipos sanguíneos serem diferentes, o que é e por que ocorre essa diferença e também a compatibilidade e incompatibilidade para doação.
8. Estímulo de atividade crítica e reflexiva: Fazer o cruzamento simples com os tipos sanguíneos dos pais, para observar o principio da genética, e refletir sobre a doação de sangue em épocas que ocorrem muitos acidentes e há uma maior necessidade de doação, como por exemplo no carnaval.
9. Avaliação, o aluno é instigado a criar sua própria analogia: Criar casos hipotéticos em que seja feita a investigação básica da paternidade de uma criança.



A História das Ciências Biológicas e a disciplina de biologia escolar

As ciências que são voltadas para o estudo da vida hoje conhecida como ciências biológicas, eram antes uma mistura de várias áreas do conhecimento, e abrangia botânica, zoologia, mineralogia, enfim, vários aspectos dos organismos viventes na terra e os mecanismos que regem a vida, e era chamada de historia natural, ainda não existia a biologia em si como área de estudo. O termo que definia a biologia como uma área de estudo ampla, mas separada de outras só veio aparecer no século XIX por Lamarck e Treviranus que criaram o termo biologia q do grego significa estudo da vida. O Positivismo lógico era a idéia inicial de muitos filósofos e estudiosos pioneiros no ramo das ciências e funcionava como base no pensamento empírico tradicional e no desenvolvimento da lógica moderna, mas a ciência levou muitos positivistas lógicos a estudar o método cientifico e explorar a lógica dada pela teoria através da confirmação por meio de experimentos. A partir desse fato muitas descobertas foram feitas como a descoberta de que todos os seres vivos eram formados por células e então a Teoria celular apareceu, a descoberta da fecundação, das leis da herança e uma das mais conhecidas que é a teoria da evolução das espécies. Atualmente o Positivismo lógico é desconsiderado pela maioria dos filósofos.
A disciplina escolar que conhecemos como Biologia, tem uma historia particular interessante, pois antes de ser ministrada para alunos de ensino médio de escolas publicas e particulares, era uma disciplina tida como área de estudo de elite, ministrada sob o titulo História natural e consistia em botânica, zoologia, fisiologia e mineralogia, e funcionava quase como um curso superior.


Imagem 01: Ensino de biologia - https://www.ufmg.br/diversa


O movimento de unificação das Ciências Biológicas influenciou a criação da disciplina escolar Biologia, que foi modificada e os assuntos divididos em muito mais tópicos como citologia, histologia, fisiologia, zoologia, botânica, genética, ecologia, sendo esses assuntos abordados e divididos nos 3 anos do curso do ensino médio. Essa disciplina que antes era apenas para a elite e assunto de cientistas e estudiosos renomados, passou a ser ministrada para alunos que agora tem oportunidade de ingressar no ramo da pesquisa. Mas infelizmente a forma como é ensinada nas escolas fez com que perdesse muito o foco principal que é a descoberta cientifica, e sendo assim tornando vago distante o interesse dos alunos pela ciência. O que antes causava status, é agora um estudo simples que atrai poucos estudantes. A forma como a disciplina é ministrada é o principal motivo para essa decadência, pois o que é passado para os alunos é teoria em cima de teoria, sem a pratica da pesquisa em si, sem idas ao laboratório para que os alunos vejam o que aprenderam em sala de aula, sem a aplicação pratica do que foi visto em teoria. Alguns alunos nem se quer sabem o que é estudado em biologia, nem sabem por que estudam essa disciplina, onde ela se aplica.



Imagem 02: Onde a biologia se aplica - http://colegiosaomiguel.com.br






Alfabetização cientifica 
A educação cientifica é um termo para definir o ensino de conteúdos científicos a qualquer individuo.  Um dos movimentos relacionados com a educação cientifica é a alfabetização cientifica, esse termo foi descrito por Chassot em 2008 como “Lê o mundo por meio de ciência”. Atualmente é possível observarmos a evolução cientifica e tecnológica que ocorreu apenas de uns anos para cá. A explosão de novidades que de uma hora para outra invadiu o mundo resultou em uma alfabetização cientifica em grande escala. Crianças tem praticamente desde o nascimento contato com celulares, computadores, tablets, televisores, vídeo-games, enfim,  aparelhos eletrodomésticos e eletroeletrônicos que facilitam o aprendizado que há alguns anos atrás não existia. 

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A disponibilidade de informações e a circulação de material de pesquisa cientifica e a facilidade de obtenção desse material em internet, jornais, revistas, redes sociais, é muito superior em comparação com os poucos livros e a pouca divulgação que havia até pouco tempo. Ou seja, assim temos disponibilidade de ciência para todos. Além disso, nesse mundo “futurístico” em que vivemos, é necessário estar bem informado e saber como utilizar esses aparelhos, ou não poderemos fazer muita coisa pois quase tudo é resolvido por meio de aparelhos eletrônicos e material cientifico. Observamos também um grande aumento no interesse da população pela pesquisa cientifica, tanto para saúde com o avanço da engenharia genética e descoberta de cura para diversas doenças, quanto para diversas outras áreas como a engenharia e mecatrônica que desenvolvem aparelhos mais sofisticados a cada ano. Enfim, para viver bem na era tecnológica em que vivemos, se faz necessário uma alfabetização cientifica e ciência para todos.



Video 01: Uso de tabelts na escola

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013



O bom professor 

O trabalho de um professor é muito mais do que dar aula, é educar. Aprimorar os alunos como pessoas humanas, instrui-los para a vida. Um professor deve educar pela vida como perspectiva de favorecer a felicidade e a paz entre os homens. O cidadania não começa quando os pais registram seus filhos no cartório, nem quando os filhos tiram suas carteira de identidade, a cidadania começa na escola, desde os primeiros anos da educação infantil e se estende à educação superior, nas universidades. O inicio desse processo está no incentivo que é feito  aos alunos a interagir entre si e com o educador, e essa atividade  começa com o fim do medo de perguntar, de inquirir o professor, de cogitar outras possibilidades do fazer, enfim, quando o aluno aprende a tomar iniciativas e atitudes, a criar um clima de paz e bem-estar social, política e econômico no meio social. Outro ponto importante para um professor é o zelo pela aprendizagem dos alunos, ou seja, o professor deve ter domínio de conhecimento da matéria que ministra em sala de aula, e esse domínio não deve estar associado apenas a sua capacidade de ensinar, mas de principalmente de fazer o aluno aprender, pois não adianta tanto conhecimento se não souber como passá-lo de forma didática. 




colaboração com a articulação da escola com a família é um fator de grande importância, pois quanto mais se conhece a respeito das famílias dos alunos, mais fácil será entende-los. Os pais são, portanto pontos importantes da educação ao lado dos professores. E por fim respeitar as diferenças. As pessoas tem hábitos, culturas e comportamentos diferenciados, e o bom professor deve estar atento a esses detalhes, para assim entender como deve agir com cada aluno, pois alguns aprendem com facilidade e outros já tem um pouco de dificuldade de assimilar o conteúdo, e cabe ao professor ensinar de forma que todos possam ter uma chance de aprender.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Aula Experimental


 

O texto fala de como o professor deve direcionar o conteúdo para um ponto de vista mais adequado para a faixa etária e nível cognitivo dos alunos. Na atividade Levando em conta a zona de desenvolvimento proximal em que os estudantes precisam da ajuda de outros colegas e professores por que ainda tem dificuldades para resolver uma questão por conta própria. Para nivelar o conteúdo de microrganismos para crianças de 1ᵃ serie, o professor optou por não utilizar o termo microrganismos, e sim seres pequenos e demonstrou por um experimento simples com uso de água q microscópio que esses seres existem embora não possamos vê-los sem a ajuda de um aparelho especifico. Vale ressaltar que nessa da atividade o professor definiu o problema, conduziu o desenvolvimento da atividade e a resposta, já que os alunos ainda estão desenvolvendo as suas capacidades cognitivas.
Na segunda atividade, os alunos estão começando a aprender a observar, então as crianças são orientadas pelo professor, que indica como e o que devem fazer no decorrer da atividade. É importante que o professor promova a aprendizagem de todos os conteúdos: conceituais,
procedimentais, e atitudinais. Nesse estagio, os alunos desenvolveram suas habilidades de observação com a atividade da metamorfose dos girinos, e também a habilidade de fazer um registro do que foi observado. O professor ainda estimulou os alunos a tocarem nos girinos para não se limitarem apenas a observação visual, de forma a obterem um registro mais rico do objeto de observação.
Na terceira atividade o professor fez uma pergunta para os alunos, e estes por sua vez tiveram que montar uma tabela a partir dos dados obtidos nos registros e observações da aula anterior. Nesta fase o professor ainda auxilia os alunos a montar a tabela, mas deixa a formulação da resposta para os alunos fazerem por conta própria. Nesse ponto as crianças puderam utilizar suas observações do desenvolvimento dos girinos para outros seres vivos e assim construir relações mais amplas entre os conceitos desenvolvimento, fases do desenvolvimento e ser vivo. Dessa forma, o problema e o desenvolvimento da atividade foram dirigidas pelo professor, mas a resposta exigiu um intenso raciocínio e uso da habilidade de cognição dos alunos.  É possível que as respostas e argumentos nem sempre sejam coerentes com o conhecimento cientifico. Mesmo assim a atividade valeu para o desenvolvimento da habilidade de cognição para níveis gradualmente mais complexos. 
 
 
 
 
 
Foto 01 - Alunas em aula experimental
Fonte: Google imagens - Cursointellectus
 
 
Do meu ponto de vista, essa preocupação de nivelar o conteúdo para o nível cognitivo dos alunos é de grande importância, pois de fato alunos menores tendem a serem influenciados pela sua própria percepção da realidade , então ensinar ciências para estes alunos em especial se torna uma tarefa improdutiva se o conteúdo não for adaptado de forma a atender as suas habilidades ainda em desenvolvimento. 
Ensinar o conceito microrganismos para crianças acaba se tornando muito difícil se o professor não regrar e pontuar de forma mais simples o objetivo da aula. Crianças tem um ponto de vista muito diferente do cientifico, para elas não importa muito que microrganismos tem nome cientifico em latim, que alguns causam doenças, ou que alguns foram descobertos por cientistas famosos, para elas o que importa é que eles existem e na imaginação delas podem ser mil coisas bem mais simples que um conceito cientifico.
Achei muito interessante a forma como os autores propuseram as atividades de forma a ir progressivamente estimulando as habilidades de observação, registrar fatos, e estimulo da cognição a partir dessas observações e ainda o estimulo de relacionar um evento com outro.  Estimular o desenvolvimento cognitivo progressivamente, adaptando uma habilidade de cada vez na minha opinião é muitíssimo importante pois não se pode exigir um conteúdo muito complexo para alunos que não tem uma base solida  para lidar com tais conteúdos.    
 
 
 
 
 
Video 01 - Experimento osmose