quarta-feira, 12 de março de 2014





UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Instrumentação 2
Prof: Saulo Seiffert

Aluna: Tássia Assunção - 20901258

Teoria de Gaston Bachelard


A teoria do descontinuismo que consiste em que o desenvolvimento da ciência de da por rupturas, ou seja, quando teorias antigas são substituídas por teorias novas, quando uma fase é substituída por outra. Quando teorias já existentes não conseguem explicar novos eventos, é necessário criar novas hipóteses para uma futura pesquisa e consequentemente formular uma nova teoria.  Gaston Bachelard foi defensor desta teoria, para ele o progresso da ciência faz-se “dizendo não” as teorias e concepções anteriores. Outros defensores desta teoria são Thomas Kuhn que acreditava que a mudança ocorria em todo o paradigma e não apenas na teoria e Karl Popper que não acreditava que o desenvolvimento da ciência se dava pelo acumulo de conhecimentos, para ele novas teorias substituem ou corrigem teorias anteriores. A teoria continuista afirma que o desenvolvimento da ciência é linear e se dá pela acumulação de conhecimentos, ou seja, os conhecimentos novos acrescentam-se aos anteriores sem os pôr em questao. Novas teorias surgem, mas com raizes em teorias antigas.
Gaston Bachelard  foi um filósofo e poeta francês que estudou sucessivamente as ciências e a filosofia. Seu pensamento está focado principalmente em questões referentes à filosofia da ciência. Sua obra pode ser dividida em duas: a obra diurna e a obra noturna. No que diz respeito principalmente às ciências exatas, ele diz que foi e é necessário superar ou haver uma transposição de uma série de obstáculos epistemológicos, isto é, entraves à aprendizagem, para que a construção do espírito cientifico se efetive. Esses são obstáculos que os professores devem estar atentos, para que não estejam presentes em seu modo de ensinar, no ambiente da sala de aula e nos recursos didáticos usados. Alguns dos principais obstáculos epistemológicos, segundo Bachelard, que não só causam a estagnação da construção do pensamento científico, mas também contribuem para o seu retrocesso.  Alguns desses obstáculos são:
1.        A experiência primeira - Nesse obstáculo, dá-se preferência às imagens e não às ideias. Por exemplo, quando o professor busca fazer um experimento, ele deve tomar o cuidado para que este seja apenas uma ferramenta auxiliar ao conhecimento ensinado na teoria, e não deixar que esse experimento seja só uma sucessão de resultados visualmente interessantes.

2.        Conhecimento geral – Se não houver uma explicação, no obstáculo anterior, ocorrerá uma generalização. Essa ocorre quando uma lei fica tão clara, completa e fechada, que dificulta o interesse pelo seu estudo mais aprofundado e pelo seu questionamento. Isso pode levar à imobilidade do pensamento. Portanto, generalizações pré-científicas, podem tornar-se um conhecimento extremamente vago.

3.        Obstáculo verbal - Há uma tendência de se associar uma palavra concreta a uma abstrata, por exemplo, o uso de analogias, metáforas, que se forem usados de forma errada, muitas vezes dificultar e criar obstáculos para o aprendizado. Para estas devem ser usadas depois da teoria e não antes, pois devem ser um auxílio e não o foco principal.

4.        Conhecimento Unitário e pragmático - Trata-se da crença numa unidade harmônica do mundo; assim, diversas atividades naturais se tornam manifestações de uma só natureza.

5.        Substancialismo - Esse obstáculo “pode ser em parte oriundo do materialismo promovido pelo uso de imagens ou da atribuição de qualidades” Por exemplo, na Lei de Boyle, atribuíam-se à eletricidade algumas qualidades como viscosidade, tenacidade e untuosidade; como se ela fosse uma cola, um espírito material.

6.        Realismo - Para o realista, a substância de um objeto é aceita como um bem pessoal. Segundo Bachelard, todo realista é um avarento e todo avarento é um realista.

7.        Animismo - O uso de atributos humanos no ensino de ciências pode ser considerado um entrave para a aprendizagem. Isso significa animar, atribuir vida e características humanas às substâncias para explicar fenômenos.

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